Presidente da Câmara dos Deputados destaca que projetos serão votados nesta terça e quarta-feira, mas sem garantias de aprovação.
17 de Dezembro de 2024 às 17h41

Arthur Lira afirma que votação do pacote fiscal não garante aprovação

Presidente da Câmara dos Deputados destaca que projetos serão votados nesta terça e quarta-feira, mas sem garantias de aprovação.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou que não pode assegurar a aprovação dos projetos que compõem o pacote fiscal do governo federal, mesmo com a votação marcada para esta terça-feira, 17, e quarta-feira, 18. Durante uma coletiva de imprensa, Lira enfatizou que a Câmara irá deliberar sobre a reforma tributária e um projeto de lei complementar que estabelece gatilhos para o arcabouço fiscal e o bloqueio de emendas.

Além dessas propostas, outras duas medidas do pacote fiscal, que incluem um projeto de lei sobre o salário mínimo e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), estão programadas para serem votadas na quarta-feira. Lira comentou: “A gente vai votar o que eu disse hoje e amanhã. Não estou garantindo a aprovação ou a rejeição, mas vamos votar, estamos discutindo, conversando, dialogando, encontrando textos para votar. Mas o calendário de votação é esse”.

O pacote fiscal, que visa a reestruturação das contas públicas, contém ao menos sete medidas que podem ser alteradas pelos deputados, o que poderia resultar em uma economia menor do que a inicialmente prevista. Por outro lado, apenas uma das propostas deve ter seu texto ajustado para evitar brechas que poderiam levar a um aumento das despesas.

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Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi alertado por lideranças do Congresso sobre a necessidade de sua intervenção para evitar que o pacote sofra desidratação durante sua tramitação na Câmara e no Senado. A equipe econômica do governo estima que as medidas podem gerar uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos.

Entre as propostas do pacote, estão a limitação do crescimento do salário mínimo, mudanças nas regras do abono salarial e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de medidas para combater os supersalários no funcionalismo público e ajustes na previdência dos militares. O governo Lula busca, com essas iniciativas, dar uma nova sobrevida ao arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos aprovado em 2016 durante o governo de Michel Temer.

Com a votação se aproximando, a expectativa é de que a Câmara dos Deputados enfrente um debate acirrado sobre as propostas, refletindo a complexidade e a importância das medidas para o futuro econômico do país. A pressão por resultados e a necessidade de consenso entre os parlamentares serão cruciais para o sucesso ou fracasso do pacote fiscal.

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