O ex-deputado federal Daniel Silveira teve seu pedido de liberdade negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, neste sábado.
28 de Dezembro de 2024 às 17h14

Moraes mantém prisão de Daniel Silveira e rejeita novo pedido de liberdade

O ex-deputado federal Daniel Silveira teve seu pedido de liberdade negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, neste sábado.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, neste sábado (28), manter a prisão do ex-deputado federal Daniel Silveira, ao rejeitar o pedido da defesa para restabelecer sua liberdade. A decisão ocorre após Silveira ter sido preso pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira (24), em razão do descumprimento das condições que lhe foram impostas para a concessão do livramento condicional.

Na análise do pedido, Moraes destacou que a defesa não apresentou argumentos que justificassem uma revisão da decisão anterior. O ex-deputado havia sido liberado em 20 de dezembro, após cumprir parte de sua pena, mas foi flagrado desrespeitando as restrições impostas pela Justiça, que incluíam a proibição de se ausentar de sua residência durante a noite e a obrigação de não frequentar determinados locais.

“Somente absoluta má-fé ou lamentável desconhecimento da legislação processual penal podem justificar as alegações da defesa”, afirmou Moraes em sua decisão. O ministro enfatizou que as alegações apresentadas pelos advogados de Silveira eram meramente uma demonstração de discordância com a decisão já proferida.

A defesa de Silveira, por sua vez, classificou a decisão como “desproporcional, arbitrária, ilegal e irracional”, argumentando que reflete um “espírito persecutório” e configura um “abuso de autoridade”. Os advogados alegaram que todas as justificativas apresentadas foram ignoradas pelo relator.

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O ex-deputado foi detido após ser flagrado em várias ocasiões desrespeitando as condições de sua liberdade, incluindo visitas a locais não autorizados em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Moraes também ressaltou que a defesa admitiu que Silveira não cumpriu as condições estabelecidas, o que inviabiliza a concessão do livramento condicional.

Com a manutenção da prisão, Daniel Silveira continuará a cumprir sua pena em regime fechado, conforme determinado anteriormente pelo STF. A decisão reafirma a posição do tribunal de que o descumprimento das condições impostas pela Justiça impede a concessão de benefícios como a liberdade condicional.

Os advogados de Silveira afirmaram que pretendem recorrer da decisão, buscando reverter a situação do ex-deputado. Contudo, a postura de Moraes indica que a análise das alegações da defesa será rigorosa, considerando a gravidade das infrações cometidas por Silveira.

O caso de Daniel Silveira segue gerando repercussão no cenário político, com debates acalorados sobre a aplicação da lei e a atuação do STF em casos que envolvem figuras públicas. A expectativa é de que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias, à medida que a defesa busca alternativas legais para reverter a situação do ex-deputado.

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