Fisco esclarece que novas regras visam monitorar transações acima de R$ 5 mil, sem criar tributos
09 de Janeiro de 2025 às 15h12

Receita Federal promete que não haverá imposto sobre transferências via Pix

Fisco esclarece que novas regras visam monitorar transações acima de R$ 5 mil, sem criar tributos

A Receita Federal anunciou que não haverá a criação de impostos sobre as transferências realizadas por meio do sistema Pix, conforme esclarecido em um comunicado oficial. A nova norma, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, tem como objetivo principal aprimorar o monitoramento financeiro, e não a taxação das transações.

O esclarecimento surge em resposta a uma onda de desinformação que circulou nas redes sociais, gerando dúvidas sobre a possibilidade de tributação. A Receita enfatizou que a medida não implica em aumento de tributos e que a intenção é apenas melhorar o gerenciamento de riscos pela administração tributária.

De acordo com a nova regulamentação, as transferências realizadas por pessoas físicas que ultrapassarem R$ 5 mil mensais e por pessoas jurídicas que superarem R$ 15 mil mensais serão monitoradas. As instituições financeiras, incluindo bancos digitais e operadoras de cartão de crédito, devem informar à Receita Federal sobre essas transações.

“Significa que o contribuinte vai ser mais monitorado pela Receita. Não é um aumento de tributo e também não aumenta a responsabilidade do contribuinte em declarar essas transações, já que essa responsabilidade é das instituições financeiras”, explica Eduardo Natal, especialista em direito tributário.

A Receita Federal também destacou que a nova norma não altera a forma como os cidadãos devem declarar seus impostos. As informações sobre as transações serão consolidadas e enviadas ao Fisco sem identificar a natureza ou a origem dos valores movimentados.

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Além disso, a norma inclui novos integrantes do sistema financeiro, como plataformas de pagamento e bancos digitais, no monitoramento das transações. Com isso, a Receita espera facilitar o combate à sonegação de impostos e à evasão fiscal.

As informações sobre as movimentações financeiras serão repassadas ao Fisco semestralmente, e o prazo para o envio dos dados é o último dia útil de agosto para o primeiro semestre e fevereiro para o segundo semestre.

É importante ressaltar que, mesmo com o monitoramento, a Receita Federal garantiu que não haverá identificação da natureza das transações. O relatório consolidará apenas os valores movimentados, sem especificar detalhes sobre as transferências.

Com a crescente digitalização dos pagamentos e o aumento das transações via Pix, o Fisco busca garantir que todos os tributos sejam corretamente pagos, sem que isso signifique a criação de novos impostos.

Por fim, a Receita Federal reafirma que as novas regras estão em absoluto respeito às normas legais de sigilo bancário e fiscal, assegurando que a privacidade dos cidadãos será mantida durante o processo de monitoramento.

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