Representantes do PT e MST participaram do evento em Caracas, enquanto Lula não compareceu.
10 de Janeiro de 2025 às 18h22

Comitiva do PT e MST comparecem à posse de Maduro na Venezuela

Representantes do PT e MST participaram do evento em Caracas, enquanto Lula não compareceu.

A posse do presidente venezuelano Nicolás Maduro ocorreu nesta sexta-feira, 10, em Caracas, com a presença de delegações brasileiras do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). As comitivas chegaram à capital venezuelana no início da semana para participar do "Festival Mundial Internacional Antifascista", promovido pelo Foro de São Paulo.

O PT foi representado por quatro integrantes: Valter Pomar e Mônica Valente, ambos secretários-executivos do Foro de São Paulo, além de Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa. O evento, realizado entre os dias 8 e 9, teve como objetivo coordenar estratégias para a ascensão de governos de esquerda na América Latina e no Caribe.

Durante a estadia das delegações, a prisão da líder da oposição, Maria Corina Machado, chamou a atenção. Ela foi detida durante um protesto, mas liberada algumas horas depois. A ditadura de Maduro negou a prisão, gerando repercussões tanto locais quanto internacionais.

O MST enviou cinco integrantes, incluindo um de seus principais fundadores, João Pedro Stédile. O movimento participou de uma "grande caravana" de motocicletas em apoio a Maduro, que percorreu do bairro de Petare ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano.

Além disso, o MST e outros grupos assinaram uma carta endereçada a Maduro, enfatizando a importância de respeitar a soberania venezuelana e fortalecer os laços entre Brasil e Venezuela, apesar das denúncias de fraude nas eleições de 2024.

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O governo brasileiro recebeu um convite formal para a cerimônia, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não comparecer. O Brasil foi representado pela embaixadora Gilvânia Maria de Oliveira, o que gerou críticas de políticos da oposição, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), que defendeu uma postura mais firme em relação a Maria Corina Machado.

O governo Lula, segundo Caiado, "tem a obrigação moral de cancelar a ida do embaixador brasileiro à posse do ditador Nicolás Maduro e de cobrar, de forma contundente, a liberdade de Maria Corina Machado, sequestrada pelo regime por liderar a oposição venezuelana".

Entre os integrantes do MST que participaram da posse, além de João Pedro Stédile, estavam outros membros que reforçaram o apoio ao governo de Maduro, contestando as alegações de fraude nas eleições e a legitimidade do governo venezuelano.

O evento em Caracas, que contou com a presença de diversas delegações internacionais, foi marcado por um clima de tensão política, refletindo as divisões na América Latina em relação ao regime de Maduro e à oposição venezuelana.

Tanto o PT quanto o MST participaram ativamente do "Festival Mundial Internacional Antifascista", que serviu como um espaço de articulação para movimentos de esquerda da região, destacando a importância da solidariedade entre os países latino-americanos.

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