A Secretaria de Saúde do RJ confirmou a infecção em uma mulher de 60 anos, destacando a necessidade de vigilância.
11 de Janeiro de 2025 às 08h03

Rio de Janeiro registra primeiro caso de dengue tipo 3 em 2025, alerta autoridades

A Secretaria de Saúde do RJ confirmou a infecção em uma mulher de 60 anos, destacando a necessidade de vigilância.

Nesta quinta-feira, 9 de janeiro de 2025, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou o primeiro caso de dengue tipo 3 no estado. A paciente, uma mulher de 60 anos, está sob acompanhamento da Secretaria Municipal de Saúde e apresenta quadro de saúde estável. O diagnóstico foi realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ).

A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, enfatizou que a confirmação deste caso é motivo de atenção, uma vez que o sorotipo 3 não circulava no estado desde 2007. “O surgimento deste caso é um ponto de atenção para redobrarmos os cuidados. Como o tipo 3 não circula no estado há muito tempo, existe uma boa parcela da população mais suscetível à doença”, afirmou Mello.

Os sintomas da dengue tipo 3 são semelhantes aos dos outros sorotipos, incluindo febre alta (acima de 38°C), dores no corpo e articulações, náuseas, vômitos, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. A principal diferença reside na vulnerabilidade da população, que não possui anticorpos contra este sorotipo específico.

O estado do Rio de Janeiro enfrentou uma epidemia de dengue em 2024, com mais de 302 mil casos prováveis registrados, resultando em 232 óbitos. A cidade do Rio de Janeiro foi a mais afetada, contabilizando 111 mil casos, seguida por Volta Redonda e Campos dos Goytacazes.

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Em 2024, o Ministério da Saúde identificou que o sorotipo predominante no Brasil foi o tipo 1, presente em 73,4% das amostras analisadas. A ocorrência do tipo 3, portanto, gera preocupações sobre a possibilidade de um aumento nos casos, especialmente em áreas onde a população não está imunizada.

As autoridades de saúde reforçam a importância da prevenção, que inclui a eliminação de focos de mosquitos, uso de repelentes e a busca imediata por atendimento médico ao notar os sintomas da doença. A população é orientada a estar atenta, especialmente em regiões com maior circulação do vírus.

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro já iniciou um monitoramento intensificado e poderá adotar medidas específicas caso identifique a circulação do vírus no estado. Claudia Mello afirmou que a secretaria continuará a monitorar os casos e a promover campanhas de conscientização sobre a dengue.

O controle da dengue é uma prioridade, e as autoridades estão alertando a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. A conscientização e a adesão a campanhas de vacinação são fundamentais para conter a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.

O retorno do sorotipo 3 da dengue no Rio de Janeiro é um alerta para a população e as autoridades de saúde, que devem permanecer vigilantes e preparados para agir diante de qualquer aumento no número de casos.

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