Dólar inicia a semana em queda, com foco na inflação dos EUA e mercado atento
A moeda norte-americana caiu 0,27%, cotada a R$ 6,0808, enquanto o Ibovespa também apresentou leve alta.
O dólar à vista abriu a sessão desta terça-feira (14) em leve queda de 0,27%, cotado a R$ 6,0808, refletindo a expectativa do mercado em relação aos dados de inflação nos Estados Unidos. Na véspera, a moeda norte-americana já havia registrado uma leve baixa de 0,07%, fechando a R$ 6,0975.
A atenção dos investidores está voltada para a divulgação do novo índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, que deve ser anunciado ainda nesta manhã. O mercado projeta uma alta de 0,3% para dezembro, o que poderia sinalizar o fim do ciclo de cortes de juros por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.
No Brasil, a agenda econômica continua fraca, mas o cenário fiscal permanece em foco. O governo brasileiro sancionou um projeto que estabelece regras mais flexíveis para o pagamento das dívidas dos estados com a União. Essa medida, segundo o governo, visa facilitar a gestão fiscal e incentivar investimentos em áreas prioritárias.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, também teve um desempenho positivo, encerrando a véspera em alta de 0,13%, aos 119.007 pontos. O índice deve iniciar o dia em leve alta, acompanhando a movimentação do mercado internacional.
Os investidores estão atentos ao impacto que a inflação nos EUA pode ter sobre a economia global. Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a valorizar o dólar frente a outras moedas, incluindo o real brasileiro, o que pode afetar a competitividade das exportações brasileiras.
Além disso, a posse do presidente eleito Donald Trump, prevista para ocorrer em breve, também gera expectativas no mercado. Trump já sinalizou uma agenda econômica protecionista, o que pode influenciar a inflação e a política monetária nos EUA.
O cenário internacional, marcado por incertezas, continua a impactar o humor dos investidores. A expectativa é que os novos dados de inflação ao consumidor dos EUA, que serão divulgados ainda esta semana, possam trazer mais volatilidade aos mercados.
Por fim, a falta de indicadores econômicos no Brasil mantém a atenção dos investidores voltada para o cenário fiscal. O governo busca garantir a sustentabilidade das contas públicas, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que a comunicação do governo precisa ser aprimorada para evitar mal-entendidos no mercado.
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