Os índices da região se beneficiaram de dados econômicos positivos dos EUA, apesar de limitações locais na China e Japão.
16 de Janeiro de 2025 às 08h45

Bolsas da Ásia encerram em alta, impulsionadas por otimismo global e Wall Street

Os índices da região se beneficiaram de dados econômicos positivos dos EUA, apesar de limitações locais na China e Japão.

As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quinta-feira, 16 de janeiro de 2025, refletindo uma melhora no sentimento de risco global, impulsionada pelo bom desempenho de Wall Street. O otimismo foi alimentado por dados de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que aliviaram as expectativas em relação a possíveis aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed).

No entanto, as bolsas da China e do Japão enfrentaram limitações devido a fatores locais que impactaram seu desempenho. Entre os mercados asiáticos, o índice Taiex, da Taiwan Stock Exchange, destacou-se com um ganho de 2,27%, encerrando o dia a 23.025,10 pontos. A ação da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) foi um dos principais destaques, subindo 3,6% após a divulgação de resultados financeiros do quarto trimestre que superaram as expectativas do mercado.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi também apresentou um desempenho positivo, subindo 1,23% e alcançando 2.527,49 pontos. Esse avanço foi sustentado por ações de semicondutores, com a fabricante SK Hynix registrando um salto de 6%. Esse crescimento ocorreu mesmo após a decisão surpreendente do Banco Central da Coreia do Sul, conhecido como BoK, de manter as taxas de juros inalteradas. O presidente do BoK, Rhee Chang-yong, reconheceu a necessidade de flexibilizar as taxas em breve, mas destacou que o ambiente econômico e político do país ainda apresenta incertezas significativas.

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Por outro lado, os papéis chineses de semicondutores caíram em bloco, limitando o desempenho dos índices locais. Isso ocorreu após os Estados Unidos anunciarem novas restrições às exportações de chips, incluindo mais empresas chinesas em sua lista de restrições. Em resposta, o Ministério do Comércio da China declarou que as medidas dos EUA “não impedirão seu progresso” e que tomará ações apropriadas para proteger seus interesses. Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,28%, alcançando 3.236,03 pontos, enquanto o Shenzhen Composto avançou 0,41%, a 1.909,45 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve um ganho de 1,23%, encerrando a 19.522,89 pontos.

No Japão, o índice Nikkei registrou uma alta de 0,33%, fechando a 38.572,60 pontos. No entanto, o desempenho foi limitado pela valorização do iene e pelo aumento das expectativas de um possível aumento nas taxas de juros pelo Banco do Japão (BoJ). O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, sinalizou essa possibilidade em um discurso recente, e uma reportagem da Bloomberg revelou que autoridades do banco central veem “uma boa chance” de elevar as taxas já na próxima semana, dependendo dos desdobramentos da posse de Donald Trump nos Estados Unidos.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve um desempenho positivo, com alta de 1,38% em Sydney, encerrando a 8.327,00 pontos. Esse avanço foi impulsionado pela valorização das ações do grupo Macquarie, que anunciou um investimento de até US$ 5 bilhões em data centers de inteligência artificial (IA) nos Estados Unidos.

O cenário econômico global continua a ser monitorado de perto, com investidores atentos a novos dados que possam impactar as decisões de política monetária nos principais mercados. A expectativa é que os próximos dias tragam mais informações que possam influenciar o comportamento das bolsas na Ásia e em outras regiões do mundo.

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