Ministro da Fazenda critica vídeo de Nikolas Ferreira e aponta ex-presidente como responsável.
17 de Janeiro de 2025 às 16h02

Haddad atribui a Bolsonaro responsabilidade por "fake news" sobre o Pix

Ministro da Fazenda critica vídeo de Nikolas Ferreira e aponta ex-presidente como responsável.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações polêmicas ao sugerir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria por trás do vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), no qual o parlamentar discute a fiscalização do sistema de pagamentos instantâneos, conhecido como Pix. A declaração foi feita durante uma entrevista na última sexta-feira (17).

Haddad afirmou: “Eu tenho para mim que o Bolsonaro está um pouco por trás disso, porque o PL financiou o vídeo do Nikolas. O Bolsonaro tem uma bronca na Receita Federal pelas questões já conhecidas, como a investigação do roubo das joias e as rachadinhas.” O ministro não apresentou provas concretas para suas alegações, o que levanta questionamentos sobre a veracidade de suas afirmações.

O vídeo de Nikolas Ferreira, que gerou controvérsia, não menciona a taxação do Pix, mas discute as consequências do monitoramento do sistema. Diversos jornalistas e analistas têm destacado que a análise feita por Nikolas é, em grande parte, correta, embora reconheçam que ele utiliza exageros retóricos e políticos.

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No vídeo, Nikolas faz um paralelo entre as promessas feitas pelo governo Lula e as realidades atuais, citando compromissos não cumpridos, como a promessa de não taxar compras internacionais e a remoção do sigilo dos gastos públicos. O deputado também menciona a famosa promessa de que “pobre voltaria a comer picanha”, que se tornou um símbolo durante a campanha.

A reação de Haddad e a acusação de “fake news” levantam um debate sobre a responsabilidade da comunicação política e o papel das redes sociais na disseminação de informações. O ministro parece tentar desviar a atenção das críticas que seu governo vem recebendo sobre a gestão do Pix e as promessas feitas durante a campanha.

É importante notar que a análise de Nikolas Ferreira, embora possa ser vista como tendenciosa, não aborda a questão da taxação, mas sim os impactos do monitoramento do sistema de pagamentos. Essa distinção é crucial para entender o que realmente está em jogo nas declarações do ministro.

Até o momento, a defesa de Jair Bolsonaro não se manifestou oficialmente sobre as acusações feitas por Haddad.

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