Suspeito, de 22 anos, já havia sido detido anteriormente e é investigado por vínculos com o crime organizado.
17 de Janeiro de 2025 às 16h17

Homem é preso em São Paulo por suspeita de envolvimento na morte de delator do PCC

Suspeito, de 22 anos, já havia sido detido anteriormente e é investigado por vínculos com o crime organizado.

A Policia Civil de São Paulo prendeu, nesta sexta-feira (17), um homem de 22 anos no bairro do Tatuapé, sob a suspeita de estar envolvido na morte de Vinícius Lopes Gritzbach, um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Gritzbach foi assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro do ano passado.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP), o suspeito já havia sido preso anteriormente em dezembro, mas foi liberado durante a audiência de custódia. Ele é alvo de investigações por associação ao tráfico de drogas e por manter vínculos com Kauê do Amaral Coelho, um olheiro do crime que permanece foragido.

Kauê do Amaral Coelho, que possui um mandado de prisão expedido pela Justiça, foi o primeiro suspeito identificado na investigação. De acordo com a SSP, ele circulou pelo saguão do aeroporto no dia do crime e, ao avistar Gritzbach se aproximando do desembarque, sinalizou aos atiradores que aguardavam em um veículo na área externa.

Na quinta-feira (16), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil prendeu a namorada de Kauê, que foi detida sob a acusação de tráfico de drogas. As investigações indicam que ela era responsável pela comercialização das substâncias ilícitas traficadas pelo namorado.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Além disso, a Corregedoria da Polícia Militar prendeu quinze policiais militares suspeitos de envolvimento com o crime organizado. Entre os detidos, um foi identificado como o autor dos disparos que resultaram na morte de Gritzbach. Os outros 14 PMs foram presos por prestarem serviços de segurança ilegal ao delator, que era investigado por lavagem de dinheiro e duplo homicídio.

Conforme a SSP, uma força-tarefa está em andamento para localizar e prender todos os envolvidos no crime, com diligências sendo realizadas em várias regiões.

A delegada Ivalda Aleixo, que dirige o DHPP, afirmou que a polícia está seguindo duas linhas de investigação para identificar o mandante da execução de Gritzbach. “Quanto ao mandante, nós temos duas linhas de investigação, ambas de facção. Foi um crime encomendado por algum membro do PCC. Temos duas linhas que já estão bastante adiantadas na investigação”, declarou.

Vinícius Lopes Gritzbach havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas, em outubro, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento, onde Gritzbach denunciava policiais civis por extorsão. Ele foi ouvido na Corregedoria apenas oito dias antes de ser assassinado, e também delatou um esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao PCC.

Veja também:

Tópicos: