O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca a redução dos preços como prioridade, mas críticos questionam a viabilidade das promessas.
21 de Janeiro de 2025 às 00h44

Lula promete baratear alimentos em 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca a redução dos preços como prioridade, mas críticos questionam a viabilidade das promessas.

Nesta segunda-feira (20), durante a primeira reunião do ano com seus ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou que uma das principais prioridades do governo federal para 2025 será a redução do preço dos alimentos. O compromisso foi destacado em um momento em que o aumento dos custos alimentares tem gerado preocupações entre os trabalhadores brasileiros.

Lula, que se referiu ao ano de 2025 como o “ano da colheita”, afirmou que será fundamental avançar nas políticas públicas que visam garantir que os alimentos cheguem à mesa do povo em condições acessíveis. “Todos os ministros sabem que o alimento está caro. É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa e do povo brasileiro em condições compatíveis com o salário que ganha”, declarou o presidente.

Entretanto, a promessa de Lula de baratear os alimentos enfrenta ceticismo. Críticos apontam que, apesar das intenções, a realidade econômica do país e os desafios estruturais podem dificultar a implementação efetiva dessas medidas. A pressão inflacionária e a instabilidade nos mercados também são fatores que podem impactar a eficácia das promessas do governo.

“2025 é o ano da grande colheita de tudo aquilo que a gente prometeu ao povo brasileiro. E nós não podemos falhar”, disse Lula, enfatizando a necessidade de resultados concretos.

O presidente também abordou a importância de uma comunicação clara e eficaz entre os ministros, alertando para a necessidade de evitar desinformação e confusões que possam ser exploradas por opositores políticos. “Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão, sem que essa portaria passe pela Presidência da República, por meio da Casa Civil”, afirmou.

Além das questões econômicas, Lula mencionou a necessidade de defender a democracia e combater a desinformação, especialmente com as eleições de 2026 já se aproximando. “Basta ver a internet para perceber que eles já estão em campanha. E nós não podemos antecipar a campanha, porque temos de trabalhar para entregar ao povo aquilo que ele precisa”, disse, referindo-se aos adversários políticos.

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O presidente também se comprometeu a não permitir que o país retorne a um cenário de autoritarismo, referindo-se ao mandato de seu antecessor. “Eu tenho uma causa, e ela é o que vai me motivar em 2025, que é a de não permitir, em hipótese alguma, que esse país volte ao horror do que foi o mandato do meu antecessor”, enfatizou.

Na área da educação, Lula destacou a aprovação de uma lei que proíbe o uso de celulares por crianças em ambiente escolar, reforçando seu compromisso com a proteção das crianças e a valorização do ensino. “Estamos privilegiando a educação, o humanismo, e não os algoritmos para fazer a cabeça das nossas pessoas”, argumentou.

Em relação à política externa, Lula expressou a expectativa de manter boas relações com os Estados Unidos, especialmente após a posse do presidente Donald Trump. “Eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro e o americano melhorem”, disse, ressaltando a importância da parceria histórica entre os dois países.

Embora Lula tenha delineado suas prioridades e compromissos, a implementação dessas promessas exigirá esforços significativos e uma análise crítica das condições econômicas e sociais do Brasil. O sucesso do governo em 2025 dependerá não apenas das intenções, mas também da capacidade de enfrentar os desafios que se apresentam.

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