Após declarações do ministro Rui Costa, Casa Civil reafirma que medidas serão discutidas com produtores e ministérios.
22 de Janeiro de 2025 às 18h07

Casa Civil nega que intervenções artificiais sejam consideradas para baratear alimentos

Após declarações do ministro Rui Costa, Casa Civil reafirma que medidas serão discutidas com produtores e ministérios.

A Casa Civil do Brasil negou nesta quarta-feira, 22, que esteja em pauta uma “intervenção de forma artificial” para reduzir os preços dos alimentos. A declaração foi feita após o chefe da pasta, Rui Costa, mencionar que o governo buscaria um conjunto de intervenções para baratear os preços durante uma entrevista.

Rui Costa, que é o ministro da Casa Civil, afirmou que o governo se reuniria com os ministros da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda para discutir ações que poderiam contribuir para a redução dos preços dos alimentos. Ele declarou: “Nós vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, com o ministro do Desenvolvimento Rural e o Ministério da Fazenda para buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos”.

Entretanto, a Casa Civil rapidamente emitiu uma nota esclarecendo que o termo correto a ser utilizado seria “medidas”, e não “intervenções”. Uma fonte da pasta enfatizou que “sem chances de acontecer qualquer intervenção, como no passado”.

O ministério ainda destacou que não há discussões sobre intervenções artificiais nos preços, e que as reuniões com os ministérios e os produtores de alimentos visam discutir medidas que podem ser implementadas para enfrentar a inflação dos alimentos, que se tornou uma preocupação crescente no país.

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Em 2024, a inflação superou o teto da meta estabelecida, fechando o ano em 4,83%, com os preços dos alimentos sendo os principais responsáveis pelo aumento. O café, por exemplo, teve um aumento de quase 40% no ano passado.

A questão da inflação dos alimentos é um tema central para o governo, especialmente em um cenário onde os preços continuam a pressionar o orçamento das famílias brasileiras. A expectativa agora é saber quais medidas concretas serão apresentadas, além da negativa sobre intervenções.

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou de seus ministros, Carlos Fávaro, da Agricultura, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, ações efetivas para conter a alta dos preços dos alimentos. Durante uma reunião ministerial, Lula expressou sua insatisfação com a situação atual e pediu uma resposta imediata.

De acordo com informações de participantes da reunião, Teixeira informou que um grupo de trabalho foi formado entre os ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Social e Fazenda para discutir a questão. Contudo, Lula não se mostrou satisfeito com a resposta e reiterou a necessidade de uma solução rápida.

A pressão inflacionária sobre os alimentos, que se intensificou em 2024, deve continuar neste ano. Produtos como carnes, açúcar e café são apontados como fatores que podem continuar a elevar os preços, enquanto a maior safra de grãos pode oferecer um alívio temporário ao movimento inflacionário.

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