A nova legislação estabelece restrições ao uso de celulares nas instituições de ensino, mas gera dúvidas sobre sua aplicação.
29 de Janeiro de 2025 às 11h32

Proibição de celulares nas escolas: o que você precisa saber sobre a nova lei

A nova legislação estabelece restrições ao uso de celulares nas instituições de ensino, mas gera dúvidas sobre sua aplicação.

O início do ano letivo de 2025 traz uma mudança significativa para as escolas em todo o Brasil, com a implementação da nova lei que proíbe o uso de celulares durante as aulas, intervalos e recreios. A legislação, sancionada em janeiro, visa garantir um ambiente escolar mais saudável e produtivo para crianças e adolescentes, que têm enfrentado prejuízos em sua aprendizagem devido ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos.

A lei federal, que se aplica a todas as instituições de ensino básico, não apenas estabelece a proibição, mas também levanta questões sobre como será feita a fiscalização e quais serão as consequências para os alunos que desrespeitarem a norma. Em São Paulo, por exemplo, já existe uma norma estadual que complementa a nova legislação, reforçando a restrição ao uso de celulares nas escolas.

Pesquisas recentes indicam que o uso de celulares pode prejudicar o desenvolvimento e a aprendizagem de jovens, levando a um consenso crescente sobre a necessidade de medidas restritivas. Países como França e Holanda já adotaram legislações semelhantes, visando proteger a saúde mental e física dos estudantes.

Um dos pontos que gera mais dúvidas é o local onde os celulares devem ser guardados durante o período escolar. A nova lei não especifica um local padrão, deixando essa decisão a critério de cada instituição. Algumas escolas sugerem que os alunos guardem os aparelhos em suas mochilas, enquanto outras optam por instalar escaninhos para armazenamento seguro.

Outra questão importante é como será a fiscalização da nova regra. A legislação não detalha os métodos de controle, mas presume-se que professores e funcionários serão responsáveis por monitorar o cumprimento da norma. Cada escola terá a liberdade de adotar suas próprias medidas disciplinares em caso de infrações.

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Para os alunos que dependem do celular para se comunicar com os pais ou para situações de emergência, a lei prevê algumas exceções. Os estudantes poderão solicitar a ajuda de funcionários para usar um telefone da escola em casos de emergência, e aqueles que necessitam do celular para locomoção poderão utilizá-lo ao final do expediente escolar.

Além disso, a nova legislação permite o uso de celulares para fins pedagógicos, desde que orientados por profissionais da educação. Estudantes que necessitam do aparelho por questões de acessibilidade ou saúde também estão autorizados a utilizá-los dentro da escola.

A implementação da lei varia entre as diferentes regiões do Brasil. No Distrito Federal, por exemplo, a rede pública de ensino já proíbe o uso de celulares apenas dentro das salas de aula, conforme a Lei Distrital 4.131/2008. A Secretaria de Estado de Educação do DF aguarda a regulamentação do Ministério da Educação (MEC) para ampliar essa proibição.

O secretário de Educação do Pará, Rossieli Soares, afirmou que as discussões sobre a regulamentação da nova lei estão em andamento e que as escolas terão liberdade para definir como aplicar as regras, levando em conta a realidade local e as necessidades da comunidade escolar.

Enquanto isso, a aplicação das novas regras nas escolas particulares ainda gera incertezas. Estudantes têm relatado que, até o momento, o uso de celulares nos intervalos ainda é permitido, mas as diretrizes exatas sobre a nova legislação ainda não foram divulgadas.

A nova lei, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa não apenas restringir o uso de celulares, mas também promover um ambiente escolar mais focado no aprendizado e na interação social entre os alunos.

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