Advogado de Braga Netto se reúne com Zanin e reivindica direito de defesa

Na tarde desta quarta-feira (26), o advogado José Luís de Oliveira Lima, que representa o general Walter Braga Netto, se reuniu com o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o encontro, Lima enfatizou a necessidade de garantir o direito de defesa no caso que envolve a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Braga Netto e outras 32 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O advogado afirmou que a defesa ainda não teve acesso a todas as provas mencionadas na denúncia e alertou que, sem essa ampla defesa, o julgamento pode ficar “manchado”. “Um julgamento dessa magnitude precisa garantir o amplo acesso à defesa”, destacou Lima ao deixar o STF.

A reunião com Zanin foi parte da agenda do ministro, que preside a Primeira Turma do STF, onde o caso será julgado. O advogado ressaltou a importância do direito de defesa em um processo que envolve figuras de alto escalão, como um ex-presidente e um general de quatro estrelas.

“A audiência com o ministro Zanin foi para ratificar a relevância que um julgamento desta magnitude tem, e que o direito de defesa deve ser sagrado”, acrescentou o defensor. Ele também lembrou que Zanin já atuou como advogado antes de ser nomeado ao STF, tendo defendido Lula e conseguido anular condenações do ex-presidente na Lava Jato.

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Além de Lima, o advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, também esteve presente no STF para uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Vilardi não fez declarações à imprensa após o encontro.

O prazo para a apresentação da defesa prévia de Braga Netto, estabelecido por Moraes, se encerra em 7 de março. A defesa já solicitou que o julgamento ocorra no plenário do STF, e também pediu que Moraes seja declarado suspeito para julgar a denúncia da PGR, um pedido que será analisado pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

O caso envolve acusações sérias de tentativa de golpe de Estado, e a defesa de Braga Netto tem sido enfática ao afirmar que a falta de acesso a todas as peças do processo pode comprometer a apresentação de uma defesa robusta e eficaz.

Os advogados dos outros denunciados, incluindo os de Bolsonaro, também solicitaram mais tempo para apresentar suas defesas, mas Moraes já negou alguns requerimentos anteriores feitos por outros defensores envolvidos no caso.