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Médico é preso por suspeita de estuprar pacientes com câncer em Minas Gerais
Danilo Costa, de 46 anos, é investigado por crimes contra seis mulheres em Itabira, MG.
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu preventivamente, nesta terça-feira (4), o médico mastologista Danilo Costa, de 46 anos, sob suspeita de ter cometido estupro e importunação sexual contra seis mulheres em Itabira, localizada a cerca de 100 quilômetros de Belo Horizonte. As vítimas, que têm idades entre 35 e 52 anos, eram pacientes e funcionárias do Hospital Nossa Senhora das Dores, onde Costa atuava.
A investigação teve início após uma denúncia feita por uma paciente diagnosticada com câncer de mama, que relatou ter sido estuprada durante uma consulta médica no dia 24 de janeiro. Desde então, outras mulheres se apresentaram à polícia, afirmando terem passado por experiências semelhantes com o médico.
De acordo com a Polícia Civil, as denúncias levaram à suspensão do passaporte de Costa e à solicitação de um mandado de busca e apreensão em sua residência. O Ministério Público também requisitou a prisão do médico, considerando a gravidade das acusações e a vulnerabilidade das vítimas.
O delegado responsável pelo caso, João Martins Teixeira, destacou a importância de que outras possíveis vítimas se manifestem. “A Polícia Civil incentiva a população a relatar qualquer situação de abuso, garantindo total confidencialidade”, afirmou em nota.
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O Hospital Nossa Senhora das Dores confirmou que Danilo Costa foi afastado de suas funções desde o dia 27 de janeiro, assim que a suspeita de crime veio à tona. Em nota, a instituição reafirmou seu compromisso com a segurança e bem-estar de suas pacientes, assegurando que não tolera comportamentos inadequados.
A defesa do médico, representada pelo advogado Hermes Guerrero, anunciou que solicitará a revogação da prisão. Segundo o defensor, Costa não estava fugindo no momento da detenção, pois se encontrava em Belo Horizonte para uma reunião. Ele argumentou que o médico já estava afastado do hospital, o que impossibilita a prática de novos crimes.
O caso gerou grande repercussão na região e levantou discussões sobre a segurança das pacientes em ambientes hospitalares. A Polícia Civil reforçou que todas as denúncias serão tratadas com rigor e que a delegacia está aberta para acolher outras mulheres que possam ter sido vítimas de situações semelhantes.
Enquanto o inquérito prossegue, a Justiça determinou que o médico permaneça em prisão preventiva, e novas investigações estão sendo conduzidas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Itabira.
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