Ministro do STF rejeita pedido de liberdade da mulher, acusada de tortura e homicídio do filho.
10 de Fevereiro de 2025 às 15h28

Gilmar Mendes mantém prisão de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, após pedido de revogação

Ministro do STF rejeita pedido de liberdade da mulher, acusada de tortura e homicídio do filho.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na última sexta-feira (7) o pedido de revogação da prisão preventiva de Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, que morreu em março de 2021. Monique é acusada de tortura e homicídio do filho, que tinha apenas quatro anos na época da tragédia.

No pedido de habeas corpus, a defesa de Monique alegou que ela estaria sofrendo agressões de outra detenta na Penitenciária Talavera Bruce, localizada em Bangu, no Rio de Janeiro. A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) confirmou que a agressão ocorreu em dezembro e informou que a agressora foi isolada após o incidente.

O ministro Mendes argumentou que a administração penitenciária tomou as medidas necessárias para garantir a segurança de Monique dentro da unidade. “Como se vê, a administração penitenciária adotou todas as medidas para salvaguardar a integridade física da paciente, apesar de seu desinteresse inicial em ver processada a agressora”, destacou o ministro em sua decisão.

Monique Medeiros está detida desde julho de 2023, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar a favor de sua prisão, contrariando uma decisão anterior que permitia sua liberdade em regime domiciliar. A defesa de Monique argumenta que a situação de sua cliente dentro da penitenciária justifica a solicitação de liberdade.

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A morte de Henry Borel foi confirmada por laudos do Instituto Médico-Legal, que apontaram hemorragia interna e laceração no fígado como causas da morte. Exames revelaram 23 lesões no corpo da criança, o que levou à prisão de Monique e do padrasto, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, que também é réu no caso.

Em depoimentos, Monique expressou o medo de sofrer novos ataques dentro da prisão, uma vez que a suposta agressora permanece na mesma unidade. A defesa apresentou uma camisa ensanguentada como evidência das agressões, mas não foi possível documentar as lesões devido à proibição de celulares na unidade prisional.

O caso de Henry Borel gerou grande repercussão na mídia e na sociedade, levantando discussões sobre a proteção de crianças e a responsabilidade dos adultos em suas vidas. A expectativa é que a 2ª Turma do STF analise a decisão de Mendes em uma próxima sessão, marcada para o dia 14 de fevereiro.

O processo contra Monique Medeiros inclui acusações de homicídio qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo. O desfecho do caso ainda é aguardado, com a sociedade atenta às próximas movimentações judiciais.

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