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Meta, empresa de Mark Zuckerberg, demite cerca de 4 mil funcionários em reestruturação
A gigante da tecnologia foca em inteligência artificial e cortes atingem 5% da equipe global
A Meta Platforms, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta segunda-feira, 10, a demissão de aproximadamente 4 mil funcionários, o que representa cerca de 5% de sua força de trabalho global. A decisão faz parte de uma estratégia de reestruturação que visa intensificar o foco da companhia em tecnologias de inteligência artificial (IA).
Os cortes foram comunicados por e-mail, com base em avaliações de desempenho, e começaram às 10h, no horário de Brasília. Os funcionários afetados tiveram seus acessos aos sistemas da empresa revogados em até uma hora após o aviso. Vale destacar que, devido à legislação trabalhista, a União Europeia não deve ser impactada imediatamente por essas demissões.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, já havia antecipado em reuniões anteriores que o ano de 2025 seria intenso para a empresa. “Serão tempos desafiadores, então apertem os cintos”, afirmou ele, enfatizando a necessidade de elevar o padrão de desempenho na gestão da equipe. O executivo destacou que as demissões se concentrariam em funcionários considerados de baixo desempenho, com a promessa de que as vagas seriam preenchidas posteriormente.
O movimento de demissões ocorre em meio a um cenário de crescente concorrência no setor de tecnologia, onde empresas buscam avançar rapidamente em IA. Recentemente, a Meta também anunciou planos de investir entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões em despesas de capital, com foco em inovações nesse campo.
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Além das demissões, a Meta planeja contratar especialistas em aprendizado de máquina para reforçar sua equipe e acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias. Um memorando interno, obtido pela agência de notícias Reuters, revelou que a empresa está determinada a se alinhar com suas prioridades para o futuro.
As ações da Meta tiveram um aumento significativo de mais de 15% no último mês, refletindo uma recuperação em meio a desafios enfrentados por outras grandes empresas de tecnologia, como Microsoft e Alphabet, que lidam com questões relacionadas aos custos de investimentos em IA.
Os cortes de pessoal foram amplamente discutidos na mídia internacional, e a decisão foi considerada uma resposta necessária para manter a competitividade da Meta no mercado. A empresa já havia passado por mudanças significativas em suas práticas de moderação de conteúdo e reestruturações internas nos últimos meses.
Por fim, a Meta não comentou se o escritório no Brasil será afetado pelas demissões, mas a expectativa é que a reestruturação impacte diversas regiões onde a empresa opera, incluindo Europa, Ásia e África, enquanto países como Estados Unidos, França, Itália e Holanda estão isentos dos cortes devido a regulamentações locais.
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