A varejista de fast fashion também pretende gerar 100 mil empregos diretos e indiretos até o final de 2024.
13 de Fevereiro de 2025 às 10h08

Shein planeja que 85% de suas vendas no Brasil sejam de produtos locais até 2026

A varejista de fast fashion também pretende gerar 100 mil empregos diretos e indiretos até o final de 2024.

A Shein, conhecida varejista online de fast fashion, anunciou que sua meta é que 85% de suas vendas no Brasil sejam originadas de produtos locais ou realizadas por vendedores brasileiros em sua plataforma marketplace até o final de 2026. Atualmente, a empresa conta com 30 mil vendedores e 50 milhões de consumidores no país.

Além disso, a companhia espera gerar 100 mil empregos, diretos e indiretos, até o final de 2024, tendo já criado mais de 50 mil postos de trabalho desde sua chegada ao Brasil.

Felipe Feistler, CEO da Shein no Brasil, destacou que “o Brasil foi o primeiro país a contar com o marketplace da Shein e, de abril de 2023 para cá, notamos um crescimento expressivo e uma forte adesão dos vendedores nacionais”.

A presença corporativa da Shein no Brasil foi estabelecida em maio de 2022. Desde então, Feistler teve a oportunidade de dialogar com comerciantes locais e, de forma “lenta e manual”, começou a entender as dinâmicas de venda e a digitalização desses empreendedores.

“No início, fomos ao Brás e ao Bom Retiro para entender como era a venda online. E de uma forma bem prática, abrimos o computador e entendemos o site do vendedor. Apenas assim entendemos a oportunidade do marketplace como uma vitrine para os negócios no país”, contou Feistler.

- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Atualmente, 75% dos produtos disponíveis no marketplace da Shein no Brasil são produzidos localmente. Entre os itens de vestuário e calçados, 85% são fabricados no país.

Embora a empresa não forneça garantias de que os produtos são feitos 100% no Brasil com insumos locais, afirma que realiza uma triagem para verificar a procedência e a origem dos produtos e insumos utilizados.

Na plataforma, a Shein cobra uma comissão de aproximadamente 16% sobre o preço do produto, podendo haver uma taxa adicional devido à logística, que varia conforme o peso dos itens.

Paolla Peixoto, empreendedora digital da Mapolla Intense, relatou que, três meses após a entrada da empresa na Shein, o marketplace passou a ser responsável por 80% da receita em vendas. O faturamento mensal da empresa aumentou de R$ 40 mil, em novembro de 2023, para R$ 300 mil, em fevereiro de 2024.

Feistler expressou surpresa com o modelo de negócio do marketplace no Brasil, afirmando que “a lentidão da transformação digital de forma orgânica e a circunstância da pandemia mostraram uma oportunidade de expansão única”.

Veja também:

Tópicos: