Um funcionário da ONU teria sido morto em um bombardeio em Deir al Balah, mas Israel nega ter realizado ataques na área.
20 de Março de 2025 às 09h11

Hamas afirma que funcionário da ONU morreu em ataque em Gaza; Israel refuta a acusação

Um funcionário da ONU teria sido morto em um bombardeio em Deir al Balah, mas Israel nega ter realizado ataques na área.

Um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) teria sido morto em um bombardeio em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, nesta quarta-feira (19). A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde do governo do Hamas, que também reportou cinco feridos graves entre os trabalhadores da ONU.

De acordo com o ministério, as vítimas foram levadas ao hospital dos Mártires de Al Aqsa, após o ataque a uma base da ONU na região. A Agência France-Presse (AFP) não conseguiu confirmar a veracidade da informação com a ONU.

Por outro lado, o Exército israelense negou qualquer envolvimento no ataque, afirmando que não houve operações militares na área de Deir al Balah. “Ao contrário do que foi relatado, o Exército israelense não atacou o complexo da ONU em Deir al Balah”, afirmou um comunicado militar.

Um porta-voz do Exército também declarou à AFP que “não há nenhuma atividade operacional” em andamento naquele local. Imagens capturadas pelo serviço AFPTV mostraram três homens sendo transportados para o hospital em uma ambulância e em veículos da ONU, dois dos quais estavam usando camisas identificadas com a sigla “UNMAS”, que se refere ao Serviço de Atividades Relativas às Minas da ONU.

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Nesta mesma quarta-feira, a Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou que 13 pessoas morreram em novos bombardeios israelenses realizados no território palestino desde a meia-noite. O porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, informou que os ataques ocorreram em Khan Yunis, no sul, e na Cidade de Gaza, deixando dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças.

Desde o início da nova onda de ataques israelenses, que começou na terça-feira, o Ministério da Saúde do Hamas atualizou o número de mortos para 970 nas últimas 48 horas. A ofensiva foi descrita como a mais intensa desde a implementação de um cessar-fogo em janeiro, que havia sido mediado por Catar, Egito e Estados Unidos.

O cessar-fogo foi estabelecido mais de 15 meses após o início do conflito em Gaza, que teve início com os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que os ataques são apenas o começo de uma nova campanha militar.

O Hamas, por sua vez, relatou que vários de seus oficiais foram mortos durante os ataques, incluindo líderes de agências de segurança e do governo civil do grupo. A situação na região continua tensa, com Israel ordenando o deslocamento da população de áreas específicas, indicando a possibilidade de novas incursões militares.

O conflito em Gaza tem gerado um grande número de vítimas civis e uma crise humanitária crescente, enquanto as negociações para a liberação de reféns e a paz na região permanecem em impasse.

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