Governador do Rio destaca avanços na segurança pública após decisão que flexibiliza operações nas favelas.
04 de Abril de 2025 às 06h21

Cláudio Castro celebra decisão do STF sobre operações policiais no Rio de Janeiro

Governador do Rio destaca avanços na segurança pública após decisão que flexibiliza operações nas favelas.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), expressou satisfação com o resultado do julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, também conhecida como ADPF das Favelas, realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, que ocorreu na quinta-feira (3), homologou parcialmente o plano de redução da letalidade policial apresentado pelo governo fluminense.

Um dos principais pontos da decisão foi a autorização do uso de helicópteros nas operações policiais, o que, segundo Castro, é fundamental para a segurança pública. “Vence a segurança pública do Rio de Janeiro, vence o povo que quer ter o direito de viver salvaguardado”, declarou o governador. Ele ressaltou a importância de eliminar as restrições ao uso de helicópteros, afirmando que a decisão “retirou barreiras” para a atuação das forças de segurança no combate à criminalidade.

Além disso, o STF determinou a instauração de um inquérito pela Polícia Federal para investigar indícios concretos de crimes com repercussão interestadual e internacional, o que foi bem recebido por Castro. “Saio daqui feliz em ouvir que a Polícia Federal irá entrar com a gente nisso. Estamos clamando por isso nos últimos dois anos”, afirmou.

O tribunal também decidiu que o estado do Rio deve elaborar um plano para a recuperação de áreas ocupadas por organizações criminosas. Castro destacou que o estado investiu R$ 4,5 bilhões na modernização das forças de segurança, incluindo a aquisição de 13 mil câmeras corporais e 5,8 mil viaturas equipadas com tecnologia embarcada.

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As novas diretrizes estabelecidas pelo STF visam aumentar o controle e a transparência nas operações policiais que resultem em mortes, tanto de civis quanto de agentes de segurança. Entre as exigências estão a preservação imediata do local do crime e a obrigatoriedade de autópsias em casos de mortes por intervenção policial, além da conclusão das investigações pelas corregedorias em até 60 dias.

O tribunal também reforçou a necessidade de dados públicos detalhados sobre confrontos e determinou a ampliação do uso de câmeras corporais e em viaturas no estado. Essas medidas são vistas como um passo importante para garantir a responsabilidade nas ações policiais e minimizar a letalidade.

A decisão do STF, que modifica regras anteriores que restringiam o uso de helicópteros apenas a situações excepcionais, foi recebida com entusiasmo por Castro, que afirmou que a medida permitirá uma atuação mais eficaz das forças de segurança. “A decisão de hoje é histórica. Quem vence é a segurança pública”, declarou.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que a decisão reflete um “processo de caráter estrutural”, que envolve diagnóstico, plano de ação e monitoramento contínuo. Ele enfatizou que, apesar da redução das operações, o combate à violência exige ações permanentes e bem planejadas.

O julgamento foi baseado em uma decisão anterior do ministro Edson Fachin, que impunha restrições rigorosas às operações policiais em comunidades. Com as novas diretrizes, os ministros do STF chegaram a um consenso sobre a necessidade de garantir que as operações ocorram de forma segura e responsável.

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