
Defesa de Jair Bolsonaro expressa 'surpresa e indignação' após medidas cautelares
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou surpresa e indignação com as medidas cautelares impostas pelo STF, que incluem uso de tornozeleira.
A defesa de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e membro do Partido Liberal (PL), divulgou uma nota nesta sexta-feira, 18, expressando sua surpresa e indignação em relação às medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As restrições foram determinadas após uma operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.
Os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente sempre cumpriu todas as determinações do Poder Judiciário e que não esperavam a imposição de tais medidas severas. Em sua nota, a defesa declarou: “A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.”
Entre as medidas impostas, Bolsonaro terá que usar uma tornozeleira eletrônica e ficará restrito a sua residência das 19h às 7h, além de estar proibido de se aproximar de embaixadas e de contatar embaixadores. Essas determinações visam garantir o cumprimento das investigações relacionadas a um inquérito sobre tentativas de golpe de Estado, que envolve o ex-presidente.
A operação da PF, que ocorreu na manhã de hoje, foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a Bolsonaro e também na sede do PL, partido ao qual ele pertence.
A defesa de Bolsonaro informou que se manifestará oportunamente, assim que tiver acesso à íntegra da decisão judicial que resultou nas medidas cautelares. A equipe jurídica ressaltou que a situação é delicada e que o ex-presidente sempre se mostrou colaborativo com as autoridades.


As medidas cautelares foram decididas no âmbito de um processo que investiga ações do ex-presidente após sua derrota nas eleições de 2022. O STF, em suas deliberações, tem buscado assegurar a ordem democrática e investigar possíveis abusos de poder.
Além de ser monitorado por tornozeleira, Bolsonaro está proibido de acessar redes sociais, o que limita sua capacidade de comunicação com o público e seus apoiadores. Essa restrição é vista como uma medida necessária para evitar possíveis incitações à desordem ou à violência.
O ex-presidente, que já enfrenta outras investigações, tem se posicionado contra as decisões do STF, alegando que as ações são uma tentativa de deslegitimar sua figura política e afastá-lo do cenário eleitoral. Ele tem afirmado que as medidas são uma forma de perseguição política.
O cenário político no Brasil continua tenso, com a polarização entre os apoiadores de Bolsonaro e os defensores do atual governo. A situação atual pode influenciar as próximas eleições e o futuro político do ex-presidente, que já foi considerado um forte candidato em pesquisas de intenção de voto.
Com o desenrolar das investigações e a continuidade das medidas cautelares, a expectativa é que a defesa de Bolsonaro busque alternativas legais para contestar as decisões do STF e reverter as restrições impostas.
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