
Netanyahu solicita ajuda à Cruz Vermelha para reféns israelenses em Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pede assistência humanitária após divulgação de vídeos de reféns em condições precárias.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um apelo ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) neste domingo, 3, solicitando a provisão de alimentos e assistência médica para os reféns israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza. A demanda surge após a divulgação de vídeos impactantes pelo Hamas, mostrando os sequestrados em condições alarmantes.
Os vídeos, que foram divulgados na última quinta-feira, 31, mostram os reféns Rom Braslavski e Evyatar David, ambos de 24 anos, visivelmente debilitados e em estado de saúde precário. As imagens provocaram uma onda de indignação em Israel, levando a manifestações em Tel Aviv, onde dezenas de milhares de pessoas exigiram a libertação dos reféns.
Em um comunicado, Netanyahu revelou que conversou com Julian Larison, chefe da delegação do CICV na região, e pediu seu envolvimento direto no fornecimento de alimentos e tratamento médico imediato aos reféns. O primeiro-ministro expressou sua profunda consternação com as imagens e assegurou às famílias que os esforços para recuperar todos os reféns continuam.
A divulgação dos vídeos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica intensificou o debate em Israel sobre a necessidade urgente de um acordo para a libertação dos sequestrados, que foram capturados durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas, a maioria civis.


Em resposta às imagens, o CICV manifestou sua consternação e afirmou que a situação humanitária em Gaza deve ser resolvida. No entanto, a organização se absteve de fazer comentários adicionais sobre a questão.
Além disso, Netanyahu acusou o Hamas de “matar de fome deliberadamente” a população de Gaza, impedindo que recebam ajuda humanitária. Ele pediu à comunidade internacional que condene os “abusos criminosos” cometidos pelo grupo extremista.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, classificou as imagens como “terríveis” e pediu a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, também expressou sua preocupação, mas pediu a Israel que continue com a ajuda humanitária em Gaza e não responda ao que chamou de cinismo do Hamas.
O conflito na região já causou a morte de mais de 60.000 pessoas na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local, e a situação humanitária se agrava a cada dia. Em meio a isso, Israel mantém um cerco à Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de palestinos, e a ajuda humanitária permitida é considerada insuficiente por organizações internacionais.
Neste domingo, 26 palestinos foram mortos em confrontos com as forças israelenses, com relatos de disparos em áreas civis. A situação continua a ser monitorada de perto por organizações de direitos humanos e pela comunidade internacional, que clama por uma resolução pacífica e humanitária para o conflito.
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