
Israel convoca 60 mil reservistas para ofensiva militar na Cidade de Gaza
Ministro da Defesa, Israel Katz, aprova plano de conquista da Cidade de Gaza; ofensiva visa libertar reféns e desarmar o Hamas.
O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, anunciou a convocação de 60 mil reservistas para uma ofensiva militar destinada à tomada da Cidade de Gaza. A decisão foi tomada em meio a um cenário de intensificação dos conflitos na região e enquanto mediadores internacionais aguardam uma resposta de Israel a uma nova proposta de trégua.
A aprovação do plano ocorreu no início deste mês, com o objetivo de controlar toda a Faixa de Gaza, libertar reféns sequestrados pelo Hamas e desarmar o movimento islamista palestino. Desde o início da guerra, em outubro de 2023, a ofensiva israelense já causou um número alarmante de mortes e uma crise humanitária severa, conforme relatado por diversas organizações internacionais.
Os reservistas convocados devem se apresentar até o dia 2 de setembro. Dentre eles, estão incluídos membros da inteligência e soldados de suporte de combate, conforme informações do jornal israelense Times of Israel. A medida visa reforçar as operações em Gaza, onde o Exército israelense já tomou quase 75% do território ao longo de 22 meses de conflito.
Familiares de reféns sequestrados pelo Hamas organizam protestos pedindo o fim da guerra e a libertação de seus entes queridos. O Fórum de Famílias de Reféns declarou que continuará lutando para trazer todos os reféns de volta para casa e acabar com o conflito.


Moradores da Cidade de Gaza relatam a presença crescente de tanques, artilharia e drones na região, com testemunhas afirmando que os equipamentos de ataque estão mirando em áreas habitadas. Desde o início do conflito, mais de 60 mil pessoas, a maioria civis, perderam a vida, segundo dados de organizações humanitárias.
O Exército israelense declarou que suas operações têm como objetivo desmantelar as capacidades militares do Hamas. O grupo extremista, por sua vez, confirmou a morte de soldados israelenses em recentes confrontos na região de Khan Younis.
Com a intensificação dos ataques aéreos e operações terrestres, a Cidade de Gaza e os campos de deslocados nas proximidades se tornaram os últimos redutos do Hamas, que ainda resiste à ofensiva israelense. O gabinete de segurança liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu autorizou a ação militar, que visa garantir o controle total da região.
O conflito teve início após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.219 israelenses e no sequestro de 251 reféns. As autoridades israelenses estimam que 49 reféns ainda estejam em Gaza, enquanto 27 teriam morrido durante o cativeiro.
A situação em Gaza continua a ser crítica, com a população enfrentando uma grave crise humanitária. O governo israelense rejeita as acusações de cerco e afirma ter autorizado a entrada de ajuda humanitária nas últimas semanas, embora a realidade no terreno apresente um cenário desolador.
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