
Justiça francesa determina prisão preventiva de mulher por roubo de ouro em museu
Uma mulher chinesa de 24 anos foi indiciada por roubo de pepitas de ouro do Museu Nacional de História Natural de Paris.
A Justiça francesa ordenou a prisão preventiva de uma mulher chinesa de 24 anos, suspeita de roubar pepitas de ouro do Museu Nacional de História Natural de Paris. O furto, que ocorreu em 16 de setembro, envolveu itens de valor histórico, incluindo peças provenientes da Bolívia, Rússia, Estados Unidos e Austrália, conforme informou o Ministério Público nesta terça-feira (21).
O roubo chamou a atenção das autoridades após um alerta de uma funcionária da limpeza, que notou a presença de escombros na área onde as peças estavam expostas. O caso se desenrolou semanas antes de outro grande roubo no famoso Museu do Louvre, o que levantou preocupações sobre a segurança nas instituições culturais da França.
As investigações revelaram que a mulher foi detida em 30 de setembro na Espanha, com base em um mandado de prisão europeu, e foi entregue às autoridades francesas em 13 de outubro. No mesmo dia, ela foi acusada de roubo em grupo organizado e associação criminosa, de acordo com a procuradora de Paris, Laure Beccuau.
Entre os objetos roubados estão pepitas de ouro de grande valor, como uma que pesa mais de 5 kg e é originária da Austrália, descoberta em 1990, e outras que datam da corrida do ouro na Califórnia no século XIX. O prejuízo total é estimado em 1,5 milhão de euros, embora o valor histórico e científico das peças seja considerado inestimável.


Os investigadores descobriram que duas portas do museu foram cortadas com uma motosserra e que um maçarico foi utilizado para quebrar a vitrine que continha as pepitas. No local do crime, foram encontrados o maçarico, três botijões de gás, uma serra e outras ferramentas.
Imagens das câmeras de segurança mostraram que apenas uma pessoa entrou no museu à força pouco depois da 1h e saiu quase quatro horas depois. As investigações telefônicas indicaram que a suspeita deixou a França no mesmo dia do roubo e estava se preparando para retornar à China. No momento de sua detenção, ela tentou se desfazer de pedaços de ouro fundido, com um peso aproximado de 1 kg.
A procuradora Beccuau destacou que as investigações continuam, buscando determinar o paradeiro dos itens roubados e se há outros cúmplices envolvidos no crime. Na França, o roubo organizado pode resultar em penas de até 15 anos de prisão.
O Museu Nacional de História Natural de Paris, que abriga uma vasta coleção de itens de valor científico e histórico, se tornou o centro das atenções após este incidente, que levanta questões sobre a segurança em museus e instituições culturais.
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