Ataques em larga escala atingem várias regiões ucranianas, incluindo Kiev, e provocam apagões generalizados.
22 de Outubro de 2025 às 11h12

Ataques aéreos russos deixam seis mortos e causam apagões na Ucrânia

Ataques em larga escala atingem várias regiões ucranianas, incluindo Kiev, e provocam apagões generalizados.

Na madrugada desta quarta-feira (22), a Ucrânia foi alvo de uma intensa ofensiva aérea russa que resultou na morte de pelo menos seis pessoas, incluindo duas crianças. O ataque, que utilizou drones e mísseis, afetou diversas cidades, com destaque para a capital, Kiev, onde a população enfrentou explosões e incêndios em prédios residenciais.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, confirmou que as forças russas miraram principalmente em infraestruturas energéticas, intensificando os apagões em meio à aproximação do inverno no hemisfério norte. “Uma nova noite que demonstra que a Rússia não sente pressão suficiente para acabar com a guerra”, declarou Zelensky, que está em viagem pela Europa buscando apoio militar.

Os ataques ocorreram após o adiamento de uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, que estava prevista para discutir um possível cessar-fogo. Trump afirmou que não queria uma “reunião desperdiçada”, enquanto o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Riabkov, afirmou que os preparativos para o encontro continuam, apesar das dificuldades.

As autoridades locais relataram que os bombardeios resultaram em pelo menos 22 feridos em Kiev, onde uma casa foi incendiada com uma mãe e suas duas filhas dentro. A situação em outras regiões, como Zaporizhzhia e Izmail, também é crítica, com relatos de danos em hospitais e gasodutos.

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Zelensky se reuniu com o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, em Oslo, onde pediu mais apoio militar e sistemas de defesa aérea. O governo norueguês se comprometeu a fornecer assistência financeira significativa para a compra de gás, em resposta aos danos causados pelos ataques russos às infraestruturas energéticas.

Além disso, o presidente ucraniano deve se encontrar com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, na cidade de Linköping, onde a Saab, fabricante de armamentos, está localizada. Zelensky também planeja visitar Londres e Bruxelas para participar de uma cúpula da União Europeia.

As forças russas têm intensificado os bombardeios desde o início do inverno, visando desestabilizar a rede elétrica da Ucrânia. O presidente ucraniano enfatizou a necessidade de uma resposta unificada da comunidade internacional, pedindo que os aliados aumentem a pressão sobre Moscou por meio de sanções e apoio militar.

Os ataques desta quarta-feira refletem a escalada do conflito, que já dura mais de três anos, e a resistência da Ucrânia em buscar um cessar-fogo que não comprometa sua soberania. A situação continua a ser monitorada de perto pelas autoridades e pela comunidade internacional, que se mobiliza para oferecer apoio à Ucrânia.

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