Moraes libera visitas de Nelson Piquet e outros a Jair Bolsonaro em prisão domiciliar
O ex-presidente Jair Bolsonaro poderá receber visitas de aliados políticos e um jornalista, mas o pedido de um deputado foi negado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a visita de dois deputados federais, Alberto Fraga (PL-DF) e Altineu Côrtes (PL-RJ), além do jornalista Alexandre Pitolli e do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet ao ex-presidente Jair Bolsonaro em sua residência, situada no Jardim Botânico, em Brasília. Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar há dois meses, conforme decisão do STF.
No mesmo despacho, Moraes negou pela segunda vez o pedido de visita do deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O ministro justificou que o parlamentar está sob investigação em um inquérito relacionado a ações golpistas, e permitir a visita violaria a medida cautelar imposta em 17 de julho, que proíbe Bolsonaro de manter contato com réus ou investigados em processos semelhantes.
As visitas dos deputados Fraga e Côrtes estão agendadas para o dia 3 de novembro. Já as visitas de Nelson Piquet e Alexandre Pitolli estão marcadas para os dias 5 e 6 de novembro, respectivamente.
Ao solicitar a autorização para que Piquet, amigo próximo de Bolsonaro, pudesse visitá-lo, a defesa do ex-mandatário enfatizou a “necessidade de diálogo direto” com o ex-piloto.
Piquet, tricampeão de Fórmula 1, fez questão de usar uma camiseta com a imagem de Bolsonaro ao celebrar seu 73º aniversário, evento que ocorreu há cerca de dois meses, logo após a decretação da prisão domiciliar.
O jornalista Alexandre Pitolli, da Rádio Auriverde Brasil, com sede em Bauru, ganhou notoriedade por sua defesa ao ex-presidente e críticas ao governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Seu canal no YouTube conta com aproximadamente 2,4 milhões de inscritos.
De acordo com a decisão, as visitas devem ocorrer entre 10h e 18h, e os visitantes não poderão utilizar celulares, tirar fotos ou gravar imagens do ex-presidente durante a visita.
Bolsonaro se encontra em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas no âmbito da investigação que apura sua suposta participação, junto ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em ações que ameaçam a soberania nacional.
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