Marcha da Geração Z, convocada por jovens, protesta contra governo e aumento da violência no país.
16 de Novembro de 2025 às 13h07

Conflito em manifestação contra violência na Cidade do México gera tensão

Marcha da Geração Z, convocada por jovens, protesta contra governo e aumento da violência no país.

Uma manifestação pacífica na Cidade do México, realizada neste sábado (15), terminou em confronto entre manifestantes e forças de segurança. O ato, que reuniu milhares de pessoas, foi organizado por jovens da chamada "Geração Z" e tinha como objetivo protestar contra o aumento da violência no país e criticar o governo da presidente Claudia Sheinbaum.

Os manifestantes se concentraram na Paseo de la Reforma, uma das principais avenidas da capital mexicana, e expressaram sua indignação em relação ao assassinato do prefeito de Uruapan, Carlos Manzo, ocorrido no início de novembro. Durante a marcha, muitos portavam cartazes com a frase “Todos somos Carlos Manzo”, em referência ao político que era conhecido por suas ações contra o narcotráfico.

As tensões começaram a aumentar quando alguns jovens tentaram escalar as barreiras que cercavam o Palácio Nacional, onde reside a presidente. A situação se agravou quando os policiais e militares presentes no local reagiram com gás lacrimogêneo e outros métodos para dispersar os manifestantes, que responderam lançando fogos de artifício em direção às forças de segurança.

Por volta das 13h, a situação se intensificou, com manifestantes conseguindo abrir uma brecha na cerca metálica e tentando invadir o Palácio Nacional. A polícia, em resposta, começou a atirar pedras nos manifestantes, resultando em feridos que foram atendidos por médicos que também participavam do protesto.

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A marcha, que ficou conhecida como "Marcha da Geração Z", foi convocada principalmente por jovens através das redes sociais. No entanto, a participação não se restringiu a essa faixa etária, com pessoas de diversas idades se unindo ao protesto. A presidente Claudia Sheinbaum, que é a primeira mulher a ocupar a presidência do México, havia comentado um dia antes que a convocação era "inorgânica" e possuía "impulsos externos".

Além do assassinato de Manzo, outros episódios de violência no país também foram mencionados, como o assassinato do líder agrário Bernardo Bravo, que ocorreu no final de outubro após relatar extorsões na região. A viúva de Manzo, Grecia Quiroz, atual prefeita de Uruapan, afirmou que o grupo conhecido como "Movimento do Chapéu" não estava relacionado à marcha na capital.

Apesar de manter uma aprovação popular acima de 70%, o governo de Sheinbaum enfrenta críticas crescentes devido à escalada da violência em várias partes do país, especialmente em Michoacán. A presidente, em suas declarações, reafirmou o compromisso com a liberdade de expressão, mas questionou a origem das convocações para os protestos.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento de tensão entre os manifestantes e os agentes de segurança, evidenciando a gravidade da situação. A manifestação representa um descontentamento crescente entre os jovens mexicanos em relação à segurança pública e à resposta do governo diante da violência.

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